segunda-feira, 10 de agosto de 2009

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICO EXISTENCIAL .

Gestal'terapia
Abordagem Rogeriana.


MANUAL DA FORMAÇÃO






Escola Experimental de Psicologia
e Psicoterapia Fenomenológico Existencial.
Gestal’terapia. Abordagem Rogeriana.











© 2009. Afonso H Lisboa da Fonseca
Pedang – Programa de Publicação da Escola
Experimental de Psicologia e Psicoterapia
Fenomenológico Existencial. Gestal’terapia.
Abordagem Rogeriana.




Rua Conde de Irajá, 60/105.
Pajuçara
57030-150 Maceió AL.
Brasil.
2009.

Fones: (82)93061050.
http://www.
ahl.fonseca@gmail.com




Sumário

Apresentação

Sumário

1. Gestal’terapia

2. O Legado de Carl Rogers

3. Psicologia e Psicoterapia
Fenomenológico Existencial

4. Formação em Psicologia e Psicoterapia
Fenomenológico Existencial

5. Estrutura do Programa

6. Programa Teórico e Fundamentação Filosófica.
Cursos e Conteúdos Programáticos*.

7. Aprendizagem Vivencial.

8. Supervisão da Prática.

9. Coordenador, facilitador, ministrante.

10. Para Maiores Informações.

Apresentação

O Programa de Formação em Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial – Gestal’terapia. Abordagem Rogeriana -- é um programa dedicado à criação e à contínua otimiza-ção das melhores condições teóricas e vivenciais para a aprendizagem da fundamentação, concep-ção e método da Gestal’terapia e da Abordagem Rogeriana, assim como da psicologia e psicotera-pia fenomenológico existencial, em psicologia e psicoterapia; nos trabalho individual e no trabalho com grupos.
Visa, assim, criar uma ambiência, e um processo, de aprendizagem que possam otimizar a capacitação de seus participantes para uma com-preensão e vivência profissional dessas aborda-gens, a partir de uma assimilação consistente e criativa da fundamentação filosófica fenomenoló-gico existencial, e dos princípios, concepções teó-ricas, e metodologia, tanto da Gestal’terapia como da Abordagem Rogeriana, assim como da psicolo-gia e psicoterapia fenomenológico existencial, no que esta tem de mais fundamental, abrangente e possível, em si, ou na correlação com a Ges-tal’terapia e a Abordagem Rogeriana.
Histórica, metodológica, e conceitualmente, a Gestal’terapia e a Abordagem Rogeriana fili-am-se arraigadamente à Fenomenologia, à Filoso-fia da vida, e ao Existencialismo, à psicologia e psicoterapia fenomenológico existencial; compon-do, a partir daí concepções e metodologias de a-bordagens fundamentais, e fundadoras, não só da chamada Psicologia Humanista, como da própria psicologia psicoterapia fenomenológico existencial. Existe, portanto, uma específica retroalimentação entre a Fenomenologia e o Existencialismo, a psi-cologia fenomenológico existencial, de um lado, e, por outro, as concepções e métodos da Ges-tal’terapia e da Abordagem Rogeriana.
A experimentação de seus desenvolvimen-tos, e a experimentação da vivência de sua meto-dologia, e concepções, criaram e desenvolveram, já por mais de meio século, uma concepção e meto-dologia fenomenológico existencial da psicologia, no contexto das várias suas várias aplicações es-pecializadas, na clínica, no atendimento a pessoas hospitalizadas, na educação, no desenvolvimento comunitário, no esporte, na empresa, e outros, e no contexto mais específico da psicoterapia..
Nosso programa de formação, com mais de vinte anos de experiência e experimentação es-pecíficas, desenvolveu-se fundado na compreen-são desta identidade, parentesco, complementari-edade e convergência fenomenológico existencial entre a Gestal’terapia e a Abordagem Rogeria-na.
Não busca sintetizar nem unificar as duas abordagens, reconhece e respeita as suas especifi-cidades, e cuida de preservá-las e desenvolvê-las. Mas, igualmente, não ignora as identidades de su-as raízes, suas convergências e complementarie-dades. Entende e valoriza as suas raízes fenome-nológicas e existenciais, e reconhece neste contexto fenomenológico e existencial as fontes dos referenciais mais amplos e originais de fun-damentação ontológica, epistemológica, conceitual e metodológica.
Nosso programa desenvolveu-se, também, fundado na compreensão da importância de que um programa, assim, de formação, precise se a-daptar e ensejar oportunidade para os formandos ao estilo fenomenológico existencial vivencial pró-prio da metodologia da Abordagem. E, em particu-lar, na funda necessidade de exploração, elucida-ção, elaboração e mesmo recriação, dos fundamentos da abordagem fenomenológico exis-tencial em psicologia e psicoterapia, como parte do próprio processo pedagógico da aprendizagem.
De modo que os participantes são funda-mentalmente solicitados a assumir a responsabili-dade pelo seu próprio processo de aprendizagem e de formação, e são solicitados a requerer do pro-grama os recursos de que necessitam para seu processo de aprendizagem e de formação, na me-dida em que o programa puder fazer o melhor par disponibiliza-los. São, assim, estimulados a as-sumir, com relação a sua formação, com relação às abordagens e ao programa, uma atitude ativa, criativa e crítica. Sempre no âmbito de privilégio da vivência e da dialógica fenomenológico existen-cial.

Sumário

Apresentação 4
Sumário 8
1. Gestal’terapia 10
2. O Legado de Carl Rogers 18
3. Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial 24
4. Formação em Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial 28
5. Estrutura do Programa 32
6. Programa Teórico e Fundamentação Filosófica. Cursos e Conteúdos 34
Programáticos*. 34
7. Aprendizagem Vivencial. 48
8. Supervisão da Prática. 50
9. Coordenador, facilitador, ministrante. 52
10. Para Maiores Informações 54

1. Gestal’terapia

O núcleo do real é a ação.
F. Perls.


A Gestal’terapia é, em específico, uma di-mensão particular do(s) movimento(s) da Fenome-nologia, em sua vertente existencial, da Filosofia da Vida, e do Existencialismo.
Surge da percepção de que a Fenomenolo-gia existencialmente constituída, e o Existencia-lismo, em suas intersecções com a Filosofia da vi-da, e com a tradição hermenêutica, se podem constituir como uma rica possibilidade de psicote-rapia, e de condições para o crescimento, e para a potencialização do crescimento humanos. As perspectivas e concepções, assim, da Fenomenolo-gia da tradição de Franz Brentano – fundadoras da Fenomenologia, e da Fenomenologia e Herme-nêutica Existenciais --; as concepções da Psicolo-gia Organísmica, de Kurt Goldstein; as concepções da Filosofia de Vida de Dilthey, e de Nietzsche – concepções estas que privilegiam o homem artísti-co, e o modo expressivo e artístico da existência, com relação ao homem científico e ao modo cientí-fico da existência --; as posturas e concepções do Expressionismo; as concepções e posturas da Filo-sofia do Diálogo, de Martin Buber, as concepções da psicologia da Gestalt, as perspectivas do zen; e a influência de alguns teóricos dissidentes do mo-vimento psicanalítico, como Otto Rank, C.G. Jung e W. Reich, passam a ser configuradas e experi-mentadas como concepção e método de psicotera-pia e de psicologia.
Foi, assim, a compreensão de que estas perspectivas poderiam constituir os fundamentos da concepção e metodologia de uma abordagem de psicoterapia que levou à síntese da Gestal’terapia por parte de Fritz e Laura Perls, e companheiros.
No rico ambiente intelectual, cultural e ar-tístico, da Alemanha, em especial de Berlim, do i-nício do Século XX, essas linhas de influência pu-lulavam. E confluíram na formação de Fritz e de Laura Perls, constituindo-se numa potente linha alternativa à formação médica e psicanalítica de Fritz Perls.
Fritz Perls, junto com Laura, investiu sua vida na constituição, a partir dessas influências, de uma abordagem original de psicologia e de psi-coterapia.

O mundo intelectual e artístico de Berlim, no qual eles viviam e cresciam, foi devastado pelo nazismo. Os Perls, ela psicóloga, ele médico, e a-inda psicanalista, fugiram para a África do Sul, com uma breve passagem pela Holanda, equanto Ernest Jones providenciava as condições para o destino do exílio.
Perls se afastou da Psicanálise, e começou a desenvolver a sua abordagem.
Mais uma vez emigardos, alguns anos de-pois. Agora para os Estados Unidos, em Nova York. É aí que vão desenvolver as suas elabora-ções e concepções, e as suas vivências, relativas ao que, posteriormente, viriam a cognominar, não sem alguma vacilação, de Gestal’terapia. Concep-ções e vivências herdadas daquelas potentes e cri-ativas influências do mundo intelectual e artístico da Alemanha, e em particular de Berlim, anteri-ormente à primeira e à segunda guerra mundiais.
Laura trazia uma experiência importante com expressão corporal, o conhecimento da psico-logia da Gestalt, e a experiência de um aprendiza-do aproximado com Martin Buber, além de robus-ta formação teórica. Bagagem que tão bem se casava e interagia com a experiência de Fritz com o teatro expressionista de Max Heinhardt, com a sua experiência com a psicologia da Gestalt, atra-vés dos trabalhos e concepções revolucionários de Kurt Goldstein no instituto de estudos neurológi-cos para soldados com lesões cerebrais – estudos e concepções que vieram a revolucionar, e ainda hoje revolucionam, a Neurologia e a Psicologia --; e o conhecimento alternativo da Psicanálise, que Fritz auferira com as perspectivas de C.G. Jung, de Otto Rank, W. Reich, Karen Horney, Erich Fromm, H.S. Sullivan.
Os Perls, em Nova York, juntam um peque-no grupo de formandos, e iniciam um programa de formação, ao mesmo tempo em que desenvolvem intensa prática profissional. Inicialmente, em Nova York, e a seguir em Cleveland, na Flórida e na Ca-lifórnia. Em seguida no Canadá, disseminando-se então por todo o mundo, já nos anos cinqüenta e sessenta. Configurando, então, uma robusta op-ção no âmbito das psicologias e psicoterapias. Ro-busta, em particular, na medida em que traziam para a Psicologia e para a Psicoterapia as originais e potentes perspectivas, concepção e método da Fenomenologia, do Existencialismo, e da Filosofia da Vida, fortemente marcados pelas experiência, concepções e metodológica do Expressionismo.
As correntes que confluem na constituição da Gestal’terapia se caracterizam por uma confi-ança afirmativa e profunda, e ousada, na ação, atualização. Ou seja, no modo de sermos da vi-vência fenomenológica da potência do devir do possível, e da possibilitação. E na superação, que estes propiciam, como características definidoras do ser/devir da condição humana, individual e co-letiva.
Entendem assim que é no âmbito da vivên-cia deste particular modo de sermos – o modo de ser compreensivo, o modo de sermos que é o vivido fenomenal, a vivência, o pré-reflexivo ser-no-mundo, eu-tu -- que o possível, a possibilidade, se dão, e se desdobram como ação. É ao nível do vi-vido fenomenal, compreensivo, que o possível é possível, e se desdobra; como ação contactante, interpretação*, humanas. Mais especificamente, como criação, e arte humana da existenciação.
Ou seja, não é exatamente no, igualmente humano, modo de ser da reflexão, da teorização, da abstração (abstração do corpo, do vivido e dos sentidos), ou no modo de sermos do comportamen-to (a humana dimensão da atividade padronizada, repetitiva, condicionada, previsível...), que o possí-vel, a possibilidade, se ato-alizam. O modo ontoló-gico de sermos é própria e especificamente pré-reflexivo, e pré-comportamental.
A humana dimensão de ser/devir, na qual o possível é possível como vivência, e se desdobra; dimensão de ser/devir na qual se dão a supera-ção, e os seus desdobramentos, na condição hu-mana, é, propriamente, assim, o humano modo de ser do vivido, a vivência afirmativa do vivido (con-tato). Vivido, vivência, compreensão (diferente do modo de sermos da explicação), como designou Dilthey. E que Brentano entendeu como consciên-cia empírica. Que Buber chamou de dialógico, ou relação eu-tu. Que Heidegger chamou de ser-no-mundo, eksistencia. Que Goldstein, e Rogers cha-maram de experiência organísmica. Que no âmbito da Gestal’terapia Norte Americana chegou-se a designar como awareness.

A disposição audaciosa para a afirmação desse modo de sermos do vivido, para a afirmação de possíveis, de que este vivido necessariamente é impregnado, e de seus desdobramentos -- disposi-ção que permite as efetivações da ação contatante -- é o que se entende em Fenomenologia existenci-al como experimentação. De Nietzsche, e de suas outras raízes fenomenológico existenciais, a Ges-tal’terapia herdou esta disposição audaciosa, e ousadia fenomenológico existencial experimental, para privilegiar a ação, a atualização do possível, o modo de sermos da ação e da atualização. Como o natural e saudável modo de sermos da vivência humana, e da potencialização da atualização, a-ção, do ser humano. Que desta forma se supera e se cria a si mesmo com o mundo que lhe diz res-peito. É esta ousadia fenomenológico existencial experimental que caracteriza a concepção e méto-do da Gestalt Terapia. E que potencializa aquela sua característica fundamental que a existência segredou a Nietzsche: eu sou aquilo que se auto-supera indefinidamente...

Na otimização, no resgate, e no desenvolvi-mento, da habitualidade experimental da vivência ativa e potente, Perls entendeu não só o modo co-mo existimos como humanos, mas, igualmente, o modo estratégico natural para a resolução de questões e crises existenciais, para a superação e crescimento humanos.

De modo que é assim, nesse sentido feno-menológico existencial, que podemos dizer que a Gestal’terapia é uma abordagem fenomenológico existencial experimental de psicoterapia e de psi-cologia.

Aí reside a sua atualidade, e o seu potencial produtivo, no âmbito das práticas e dos desenvol-vimentos da psicoterapia e da psicologia no Brasil. Sabemos dos intensos processos de redefinição e de re contextualização que a psicoterapia e da psi-cologia têm passado, e passam, no Brasil. As no-vas demandas e novos ambientes em que somos, enquanto psicólogos, solicitados a intervir e atuar; tais como os desenvolvimentos alternativos da clí-nica, o hospital geral, o desenvolvimento comuni-tário, a psicologia ambiental, a terapia familiar, a pedagogia, a escola, a empresa, a educação para a saúde, a prevenção em saúde...
Em todos esses contextos, as característi-cas experimentais fenomenológico existenciais da Gestalt Terapia permitem a concepção e o desen-volvimento de vivências produtivas, que respon-dam às demandas dos clientes, e das populações com as quais trabalhamos, por auto-regulação, ajustamento criativo, auto-superação, criação, a-tualização de possibilidades. Permitindo-nos, in-clusive, a participação na potencialização da cria-tividade nos processos de produção cultural, de que historicamente tanto carecemos.

2. O Legado de Carl Rogers

Creio que a mais importante implicação
de nosso trabalho para o futuro
é o nosso modo de ser.
Carl R Rogers.


Carl Rogers foi, em essência, um grande empirista em psicologia e psicoterapia. Empiris-ta, própria e especificamente, no sentido feno-menológico existencial da tradição de Brenta-no*. Talvez o maior, neste sentido, depois do próprio Brentano, ainda que nada tivesse da monumentalidade teorética e ontologista deste, mas especialmente dotado de grande originali-dade, e ousadia experimental. Na verdade, tal-vez, em grande parte, uma conseqüência lógica de Brentano, mas sem par dentro do movimen-to fenomenológico, e mesmo em psicologia e psicoterapia, na ousadia fenomenológico exis-tencial experimental. Assim, esspecificamente no sentido fenomenológico existencial, Carl Ro-gers foi um grande empirista, e um grande ex-perimentador.
Neste sentido, o empirismo, e a experi-mentação fenomenológicos existenciais -- que se constituem como o modo de sermos pré-teórico, pré-comportamental, pré-prático --, é o modo particular de sermos no qual efetivamos o ontológico de nossa condição humana, ou se-ja, o modo de sermos no qual vivenciamos pos-sibilidades, e vivenciamos o desdobramento destas possibilidades, no que entendemos co-mo ação, atualização.
Este modo de sermos, originário e onto-lógico, se caracteriza como o que os Gregos chamaram de Pathos, o modo sensível e emo-cionado de sermos. Que se constitui como compreensão, e no qual estamos implicados com as possibilidades que vivenciamos. E que é fundamentalmente diverso do modo de sermos da explicação: o modo teorético de sermos; e, igualmente, diverso do modo comportamental de sermos, do comportamento. Este modo de sermos que é da ordem da compreensão, modo de sermos empírico fenomenológico existencial, experimental, portanto, é o nosso modo páthico de sermos, empático (que significa dentro do pathos); e o modo de sermos, da compreensão, no qual vivenciamos possibilidades e o desdo-bramento destas possibilidades, e no qual es-tamos inextrincavelmente implicados em nos-sas possibilidades, e nos desdobramento destas, no que chamamos de ação, atualização.
À tendência para a ação, para a atuali-zação, característica do ser humano, e para a superação criativa, Carl Rogers chamou de tendência atualizante. Entendendo-a, com Kurt Goldstein, como a força motivativa básica do organismo e da pessoa humanos.
O privilegiamento deste modo compreen-sivo e empático de sermos, deste modo ativo e atualizante, é a característica maior da aborda-gem de Carl Rogers. Tanto enquanto concepção da metodologia básica da existência, na supe-ração de suas dificuldades, e da inércia de su-as condições dadas; como enquanto concepção e método de psicoterapia e de psicologia, inter-individuais, e de grupo.
Rogers entendeu, em particular, que a existência humana não se desdobrava e não se resolvia, não se desdobra nem se resolve, ao nível do modo humano teórico de ser; nem ao nível do modo técnico de ser; ou ao nível do modo comportamental de sermos. Da mesma forma que não se resolve ao nível do modo mo-ralista de sermos; nem mesmo ao nível do mo-do prático, nem do modo científico de sermos, nem mesmo do nosso modo realista de ser. E dedicou sua vida a desenvolver e a lapidar uma metodologia que pudesse propiciar, na imedia-ticidade da empiria existenciativa, o trabalho, a laboração experimental fenomenológico exis-tencial, as condições da ação, da atualização, em psicologia e psicoterapia. Uma concepção e metodologia empíricas e experimentais, no sen-tido fenomenológico existencial, compreensiva, e empática, portanto, de potencialização da a-ção, da atualização. Confiante nos potenciais fenomenais ativos de atualização do possível na vida das pessoas, como modo humano privile-giado de ser, como modo de resolução, e de su-peração, de condições existenciais, e como mo-do de crescimento humano.
Num primeiro momento, Rogers se dedi-cou ao desenvolvimento de uma metodologia que contivesse uma abertura fundamental, e condições propiciativas -- para o cliente, e para o terapeuta --, de momentos de vivência exis-tencial. Classicamente, Rogers definiu a consi-deração positiva incondicional pela vivência do cliente, a compreensão empática, e a genuini-dade do terapeuta, como condições terapêuti-cas básicas. Como condições propiciativas dos momentos do modo de sermos da vivência fe-nomenológico existencial, da ação, atualização e superação fenomenológico existenciais.
Simultaneamente mesmo, e a seguir, Carl Rogers estendeu o seu interesse, e a sua atividade, para o trabalho com grupos. O grupo e o processo grupal entendidos como ambiên-cia, e vivência fenomenológico existencial, pro-piciativos do privilegiamento do vivido – vivido, vivência, pontual e simultaneamente, pessoal e coletivo. E no desdobramento deste vivido, co-mo desdobramento, interpretação e ação, atua-lização, de possibilidades existenciais e de su-peração. Abriu e experimentou intensa e criativamente uma metodologia fenomenológico existencial experimental do trabalho com gru-pos que parte, fundamentalmente, de um pro-fundo respeito pelo grupo e pelas pessoas de seus participantes, em prticular naquilo que eles têm de mais essencial, a sua vivência pon-tual, fenomenológico existencial, de possibili-dades, possibilidades de ação, de atualização, de criação, de superação.
Grande empirista, no sentido fenomeno-lógico existencial, Rogers foi assim, também, um grande experimentador, igualmente neste sentido fenomenológico existencial. Tanto no âmbito da terapia inter-individual, como no sentido do trabalho de elucidação e compreen-são da natureza, e condições facilitativas dos processos grupais.
Junto com Fritz Perls, Carl Rogers des-ponta como uma das figuras maiores da expe-rimentação fenomenológico existencial, da con-cepção, definição metodológica, e proposição, de um paradigma fenomenológico existencial de psicologia, de psicoterapia, de concepção e de laboração fenomenológico existencial expe-rimental com grupos. Apontou um caminho conceitual de vastas possibilidades teóricas, e sobretudo empíricas.

3. Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial

Este ser humano é outro, essencialmente outro do que eu, e é esta sua alteridade que eu tenho em mente, porque é ele que eu tenho em mente; eu a confirmo, eu quero que ele seja outro do que eu, porque eu quero o seu modo específico de ser.
M. Buber

... Pois muito bem! Vamos lá, experimen-ta-te. Mas não quero voltar a ouvir falar de nenhuma questão que não autorize a experiência. Tais são os limites da minha ‘veracidade.
F. Nietzsche.

A possibilidade é mais importante do que a realidade.
M. Heidegger.

Quando nos referimos a psicologia e psicoterapia fenomenológico existencial queremos, especificamente, nos restringir, em nosso caso, à Gestal’terapia e à Abordagem Rogeriana. Outras abordagens, ainda, como a Dasein Análise, a Logo Terapia, o Psicodrama, por exemplo, podem ser entendidas como fe-nomenológico existenciais. No nosso caso, refe-rimo-nos especificamente, assim, às aborda-gens que se desenvolveram a partir dos trabalhos de Frederick S. Perls – a Ges-tal’terapia --, e a partir dos trabalhos de Carl R. Rogers. E que têm as suas raízes oriundas, de um modo importante, nos trabalhos de Kurt Goldstein e da Psicologia da Gestalt, raízes ori-undas da Filosofia da Vida de F. Nietzsche e W. Dilthey, da Fenomenologia da tradição de Franz Brentano, da Filosofia da Relação de M. Buber, e do movimento artístico do Expressio-nismo.

Os trabalhos de Perls, e de Rogers, des-dobraram importantemente, assim, no âmbito da psicologia e das psicoterapias, os trabalhos dos filósofos da vida, e dos fenomenólogos ini-ciais, assim como as posturas concepções e métodos expressionistas. Serviram importan-temente à experimentação e formulação de um paradigma de concepção e método fenomenoló-gico existencial, que se constitui no campo da psicoterapia e do trabalho com grupos, e que, daí, transborda para outros campos de aplica-ção da psicologia, como a educação, a psicolo-gia ambiental, a psicologia da organização e do trabalho, a psicologia comunitária, a psicologia hospitalar, do esporte, e outras.

Dotadas cada uma delas de sua própria história, de concepções e fundamentos teóricos próprios, a Gestal’terapia e a Abordagem Ro-geriana compartilham origens em termos de Filosofia da Vida, em termos de Ontologia e de Epistemologia. E, na verdade, convergem em seus desdobramentos, na medida em que se configuram ambas como concepções e metodo-logias fenomenológico existenciais, experimen-tais, de criação – no âmbito da laboração psico-lógica e psicoterapêutica -- de condições her-menêuticas de interpretações do ser-no-mundo, em suas possibilidades e possibilita-ções. Convergem e se complementam, mais do que se diferenciam.

De modo que, ainda que não se confun-dam em suas histórias e formulações originais, a Gestal’terapia e a Abordagem Rogeriana convergem, de um modo vigoroso, na colabora-ção no sentido da constituição da concepção e método de uma abordagem fenomenológico e-xistencial de psicologia e de psicoterapia, abor-dagem que se constitui basicamente como uma hermenêutica fenomenológico existencial da ação.

4. Formação em Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial

O sentido da palavra formação aponta para um sentido da idéia de educação que a-companha a cultura da Civilização Ocidental desde a Grécia antiga. Este sentido não se sa-tisfaz, meramente, com a aprendizagem de um conhecimento teórico, com a aprendizagem de habilidades técnicas; não se satisfaz meramen-te com a aprendizagem de um conhecimento científico, com a aprendizagem ou com o de-senvolvimento de habilidades práticas; com o desenvolvimento de atitudes moralistas, ou com o mero adestramento.
A formação envolve a elaboração experi-mental (aqui num sentido fenomenológico exis-tencial), o desenvolvimento do ser humano co-mo um todo, o contato, a apreensão e a compreensão, e interpretação, de certos valo-res, de certas atitudes ontológicas e epistemo-lógicas, que envolvem a pessoa do formando em seu ser. Isto, fundamentalmente, porque li-dar com seres humanos, frequentemente em situações críticas, de um modo fenomenológico existencial, é também lidar consigo mesmo, e ter a si mesmo como instrumento. O que en-volve vivência e desdobramento ontológicos de toda uma concepção da realidade, da condição humana, e da alteridade.
O psicólogo e o psicoterapeuta fenome-nológico existenciais se capacitam a ser partí-cipes de relações existencialmente arraigadas, significativas, e críticas, nas quais a elaboração vivencial potencializa a atualização de possibi-lidades fenomenológico existenciais, que se constituem como vivência criativa, na supera-ção do status quo, seja de pessoas individuais, seja de grupos humanos.

Esta participação demanda do psicólogo e do psicoterapeuta um privilegiamento, e, por isto, uma aceitação, e afirmação, da dimensão da dialogicidade inter humana da experiência vivida, na relação com seus clientes. Uma ex-periência eminentemente fenomenológica e e-xistencial, empiricamente fenomenal, e experi-mental, que demanda a habilidade de transitar, de se movimentar, e criativamente atuar, nas dimensões não teorizantes, não ci-entíficas, não técnicas, não práticas não mora-listas, mas existencialmente afirmativas, ativas e atualizantes, criativas, da vivência fenomeno-lógico existencial de ser-no-mundo.

De modo que a mera aprendizagem de técnicas e do técnico é por si só inadequada e incompetente, da mesma forma que o é o mero aprendizado do conhecimento teórico, científi-co; e o são, além de danosas, as atitudes me-ramente moralistas, práticas e pragmáticas.

Assim, a formação em psicologia e psico-terapia fenomenológico existencial, hermenêu-tica que é, demanda o desenvolvimento da pes-soa do psicólogo como um todo. A compreensão e a elaboração de valores que propiciem, na vi-vência do seu trabalho, o privilegiamento da dialogicidade -- naturalmente fenomenológica e existencial --, da experiência existencial inter humanamente compartilhada, e de suas possi-bilitações.

A formação em psicologia e psicote-rapia fenomenológico existencial direciona-se, assim, neste sentido, de prover uma opor-tunidade e recursos, vivenciais, teóricos, e de supervisão, para o formando, em suas dimen-sões de fundamentação teórica e filosófica, a-prendizagem vivencial, e de supervisão.

5. Estrutura do Programa

O programa de formação privilegia fun-damentalmente a responsabilidade do forman-do sobre o seu próprio processo de aprendiza-gem, e de formação. O programa busca disponibilizar para o formando o melhor dos recursos para que ele possa subsidiar e desen-volver o seu processo de formação.
Entendemos que a aprendizagem de uma abordagem fenomenológico existencial, dialógica, e poiética, exige uma multiplicidade de formas, e de níveis, de aprendizagem, que envolvem o próprio nível da existência do alu-no, um nível de aprendizagem vivencial, e um nível de aprendizagem teórica, que envolve lei-turas, seminários, debates, e aulas expositivas.

O programa oferece assim:
• Aulas Expositivas. De Fundamentos Filo-sóficos Fenomenológico Existenciais, Filoso-fia do Diálogo e do Dialógico, de Martin Bu-ber, Filosofia Oriental, Teoria da Gestalt Terapia, Teoria da Abordagem Rogeriana, E-lementos de Antropologia e Sociologia.

• Parte Vivencial. O programa busca desen-volver todo o seu processo num âmbito vi-vencial e dialógico. Cada módulo contém um momento vivencial, no qual se privilegia a atualidade vivencial de cada participante, e do processo grupal. A cada semestre, o pro-grama prevê um grupo vivencial intensivo de final de semana com os participantes da tur-ma.

• Supervisão da atividade profissional. Desde o início do programa está facultada a atividade de supervisão grupal e/ou indivi-dual da prática profissional ou de estágio di-dático dos formandos.

6. Programa Teórico e Fundamentação Filosófica.

Cursos e Conteúdos Programáticos*.


O programa teórico se desenvolve sob a forma de cursos sobre cada um dos tópicos do Conteúdo. Estes cursos comportam vários ti-pos de atividades didáticas, tais como seminá-rios, estudos dirigidos, debates, palestras, etc. Em todos, uma concepção dialógica de pedago-gia, que privilegia a constiuição de uma esfera ,de interesse entre professor e aluno, no âmbito do qual se pode desdobrar o processo de uma aprendizagem significativa. Os interesses, perspectivas e necessidades do formando são considerados de importância fundamental, na verdade condition sin qua non, para constitui-ção do campo de interesse, da dialógica, e da aprendizagem.
A estrutura e o conteúdo aqui apresen-tados podem ser enriquecidos ou reordenados, na medida do interesse, ou tópicos igualmente suprimidos.


Relação dos Cursos e estrutura do Programa Teórico:

• CURSO 1: Introdução aos Fundamentos, Concepção e Método da Psicologia e Psico-terapia Fenomenológico Existencial. Ges-tal’terapia e Abordagem Rogeriana;
• CURSO 2: O Fundamento Fenomenológi-co da Psicologia e Psicoterapia Fenomeno-lógico Existencial. Gestal’terapia e Abor-dagem Rogeriana;
• CURSO 3: A Filosofia da Vida de F. Ni-etzsche e a Fundamentação Filosófica e Conceitual e metodológica da Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana;
• CURSO 4: A Filosofia do Diálogo e do Di-alógico de Martin Buber na Fundamenta-ção da Psicologia e da Psicoterapia Feno-menológico Existencial. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana;
• CURSO 5: A Filosofia Oriental na Fun-damentação da Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana;
• CURSO 6: Gestal’terapia Fenomenológico existencial hermenêutica;
• CURSO 7: Teoria da Gestal’terapia de Perls. Os conceitos fundamentais de Perls, Hefferline e Goodmann;
• CURSO 8: Teoria da Psicologia e da Psicote-rapia Rogeriana 1;
• CURSO 9: Teoria da Gestal’terapia 2;
• CURSO 10: Teoria da Psicologia e Psico-terapia Rogeriana 2;
• CURSO 10: Processo de Grupo e Facilita-ção em Psicologia e Psicoterapia Fenome-nológico Existencial 1. Gestalt Terapia e Abordagem Rogeriana;
• CURSO 11:Processo de Grupo e Facilita-ção em Psicologia e Psicoterapia Fenome-nológico Existencial 2. Gestalt Terapia e Abordagem Rogeriana;
• CURSO 12: Aspectos psicossociais da formação cultural do Nordeste;
• CURSO 13: A Abordagem Fenomenológi-co Existencial, Gestalt Terapia, Abordagem Rogeriana, no trato com as pessoas com distúrbios psicológicos e comportamentais;
• CURSO 14: Psicologia da Ação Social. O trabalho no CAPS e no CRAS;
• CURSO 15: Psicologia Ambiental Feno-menológico Existencial. Gestalt Terapia Abordagem Rogeriana;




CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:


CURSO 1
Introdução aos Fundamentos, Concepção e Método da Psicologia e Psicoterapia Feno-menológico Existencial. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana.
1. Sobre o sentido geral da psicologia e psicote-rapia fenomenológico existencial;
2. Especificidades da psicologia e psicoterapia fenomenológico existencial;
3. Genealogia das psicologias e psicoterapias fenomenológico existenciais;
4. História das psicologias e psicoterapias fe-nomenológico existenciais;
5. Uma visão geral da concepção e método da Gestal’terapia;
6. Uma visão geral da concepção e método da Abordagem Rogeriana;
7. Críticas e perspectivas.



CURSO 2
O Fundamento Fenomenológico da Psicolo-gia e Psicoterapia Fenomenológico Existen-cial. Gestal’terapia e Abordagem Rogeria-na.
1. Peculiaridade da Fenomenologia
2. História e Sentido da Fenomenologia
3. Consciência Reflexiva
4. Comportamento;
5. A objetividade, o prático, a causalidade e a realidade;
6. Empirismo fenomenológico existencial;
7. Consciência Pré-Reflexiva, pré-conceitual.
8. Intencionalidade e Correlação Sujeito Ob-jeto.
9. Atitude de Senso Comum.
10. Reduções Fenomenológicas
11. Atitude Fenomenológica.
12. Brentano
13. Husserl
14. Compreensão, Implicação e Explicação;
15. O Ser e as possibilidades;
16. Desenvolvimento da Hermenêutica
17. Fenomenologia Hermenêutica Existencial. Heidegger;
18. O Ontológico, o Ôntico. Interpretação, De-caimento e Reviravolta.
19. Interpretação Fenomenológico Existencial
20. Experimentação fenomenológico existen-cial;
21. Sartre
22. Merleau Ponty
23. Fenomenologia e o desenvolvimento da Gestal’terapia, da Psicoterapia Centrada na Pessoa e da Psicologia e Psicoterapia Feno-menológico-Existencial.
24. O Sentido Fenomenológico da Ges-tal’terapia
25. O Sentido Fenomenológico da Psicotera-pia Centrada na Pessoa
26. Fenomenologia e a prática do trabalho psicológico e psicoterapêutico.
27. Grupologia como Fenomenológica da vi-vência grupal.



CURSO 3
A Filosofia da Vida de F. Nietzsche e a Fundamentação Filosófica, Conceitual e metodológica da Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial. Gestal’terapia e ACP.

1. Crítica do lugar da Consciência na Cultura da Civilização Ocidental;
2. Afirmação, e afirmação da afirmação;
3. Inversão, e Inversão da Inversão;
4. Os Modos de Produção da Verdade. Ciên-cia, Moral e Arte;
5. O Sentido do Trágico;
6. O Ativo e o Reativo;
7. Niilismo, ressentimento e Culpa;
8. O Homem Criativo;
9. Perspectivismo e Experimentação;
10. Super valorização da Consciência, da Me-mória e da História;
11. A Filosofia da Vida de F. Nietzsche e o de-senvolvimento da Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico existencial;
12. A Filosofia da Vida de F. Nietzsche e a con-cepção, método e vivência da Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico-Existencial;



CURSO 4
A Filosofia do Diálogo e do Dialógico de Martin Buber na Fundamentação da con-cepção e método da Psicologia e da Psicote-rapia Fenomenológico Existencial. Ges-tal’terapia e Abordagem Rogeriana.

1. O mundo coisificado na experiência de sua objetualidade e utilidade.
2. A possibilidade do dialógico latente no mundo coisificado.
3. O enfraquecimento da possibilidade da la-tência do dialógico no mundo coisificado. Causalidade, mecanicismo, fatalidade, crença na fatalidade.
4. Características da "Esfera do Isso"
5. Características do Dialógico. Eu-Tu. Dialó-gica.
6. Coisificação sucessiva ao evento dialógico.
7. Reversibilidade do mundo coisificado.
8. Decurso das coisas e Fatalidade.
9. Conversão.
10. A vida na possibilidade do Diálogo
11. O inter-humano e os "Elementos do Inter-humano."
12. O EU-TU
13. O EU-ISSO



CURSO 5
A Filosofia Oriental na Fundamentação da Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana

1. Tao Te Ching
2. I Ching;
3. Carne de Zen Ossos de Zen;
4.Takuan Soho
5. Musashi
6. D.T. Suzuki
7. Hua Hu Ching;
8. Chuang Tzu. Escritos Básicos;
9. Shun Tzu;


Curso 6:
Gestal’terapia Fenomenológico Existencial dia-lógica e hermenêutica;

1. Compreensão
2. Hermenêutica gestal’terápica. A interpretação fenomenológico existencial na concepção e método da Gestal’terapia.
3. Experimentação. Perspectivações da experi-mentação fenomenológico existencial;
4. A experimentação fenomenológico existencial na concepção e método da Gestal’terapia.
5. Experimentação. O Grande Experimento e o Pequeno Experimento em Gestal’terapia;
6. Hermenêutica da ação;
7. Improvisação.
8. Dialógica na concepção e método da Ges-tal’terapia.
9. Empirismo e experimentação fenomenológico existenciais em Gestal’terapia;
10. A Performance fenomenológico existencial em Gestal’terapia;
11. Os recursos experimentais em Gestal’terapia.



CURSO 7
Teoria da Gestal’terapia de Perls.

I. Os conceitos fundamentais de Perls, Hefferline e Goodmann

1. O privilégio do vivido;
2. O privilégio de um jeito experimental de viver;
3. Gestalt, figura, fundo, e o processo de formação figura-fundo;
4. Auto-regulação;
5. Auto-atualização;
6. Necessidade e Dominância;
7. Homeostase;
8. Campo;
9. Diferença;
10. Fronteira de Contato;
11. Contato;
12. Self;
13. Consciência;
14. Ajustamento criativo;
15. Crescimento;
16. Ego;
17. Possibilidades na fronteira;
18. A possibilidade neurótica;
19. Fundamentos do método terapêutico;
20. Realidade;
21. Agressividade;
22. Conflito e atitude diante do conflito;
23. Mente, corpo, realidade e mundo externo;
24. Fenomenação;
25. O processo do Contato;
26. Interrupções do Ciclo do Contato;
27. Perda das Funções do Ego;

II. Joseph Zinker;
III. Ego, Hunger and Aggression;
IV. Gestal’terapia Explicada;
V. Abordagem Gestáltica e Testemunha Ocular da Tera-pia;
VI. sto é Gestalt;
VII. Gestal’terapia, Teoria Técnicas e Aplicações;

VIII. Outros autores em Gestal’terapia
Feder, Bud;
Ginger, Serge e Ana;
Kepner, Elaine;
Perls, Laura;
Polster, Mirian e Erving;
Yontef, Garry;
Zinker, J;

IX. Autores Brasileiros em teoria da Gestal’terapia

X. Teoria da Gestalt
XI. Psicologia Organísmica de Kurt Goldstein
XII. O trabalho com sonhos em Gestalt Terapia
XIII. Recursos experimentais fenomenativos
XIV. O trabalho com grupos em Gestalt Terapia



CURSO 8
Teoria da Psicologia e da Psicoterapia
Rogeriana 1

1. Evolução e Periodização.
2. Tendência Atualizante e Tendência Formativa.
3. Atualidade da Tendência Atualizante;
4. O Fluxo da Experiência.
5. Clima e Condições Terapêuticas.
6. Noções Chaves.
7. Consideração Positiva Incondicional pela experi-ência do Outro.
8. A Compreensão Empática.
9. Genuinidade do terapeuta.
10. Teoria do trabalho com grupos.
11. Evolução do modelo de trabalho com grupos da Abordagem Rogeriana.
12. O Modelo de trabalho com grupos da Abordagem Rogeriana.
13. Modalidades dos grupos.
14. Aplicações.
15. Artigos Seminais de Rogers.
16. Tornar-se Pessoa
17. Psicoterapia e relações humanas
18. Textos recentes
19. Críticas
20. Pedagogia Centrada no Aluno.
21. Os Encontros da Abordagem Rogeriana.
22. Grupologia e facilitação de grupos.

CURSO 9
Teoria da Gestalt Terapia 2.


CURSO 9
Teoria da Psicologia e Psicoterapia Rogeriana 2.


CURSO 10
Processo de Grupo e Facilitação em Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial 1. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana.


CURSO 11
Processo de Grupo e Facilitação em Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial 2. Gestal’terapia e Abordagem Rogeriana.


CURSO 12
Aspectos psicossociais da formação cultural do Nordeste.



CURSO 13
A Abordagem Fenomenológico Existencial, Ges-tal’terapia, Abordagem Rogeriana, no trato com as pessoas com distúrbios psicológicos e com-portamentais.


CURSO 14
Psicologia da Ação Social. O trabalho no CAPS e no CRAS.


CURSO 15
Psicologia Ambiental Fenomenológico Existen-cial. Gestalt Terapia Abordagem Rogeriana.

7. Aprendizagem Vivencial.

Não existe explicação
que possa levar à compreensão.
Takuan Soho.

Como abordagens que privilegiam o exis-tencial, e a sua atualização, através da atuali-zação de possibilidades inerentes ao vivido (poiese), a característica específica das aborda-gens fenomenológico existenciais de psicologia e psicoterapia é a de que elas são abordagens vivenciais. Não são abordagens que se fundam em sua metodologia em uma atividade reflexi-va, teorizante, nem são abordagens que privile-giem o modo comportamental de sermos, nem de interesses pragmáticos.
De modo que, ainda que a aprendizagem teórica de fundamentos conceituais, e de mé-todo, seja uma modalidade importante na a-prendizagem dessas abordagens, a aprendiza-gem vivencial, a arte da vivência, da concepção e método das mesmas é um nível fundamental e irrecusável de aprendizagem.
Em sendo assim, o programa tem, em seu fundo mais básico, o privilégio da vivência fenomenal do participante. As próprias aulas expositivas desenvolvem-se segundo uma pe-dagogia dialógica hermenêutica, e poiética.
Cada módulo contém um espaço viven-cial, strictu sensu, no qual os participantes po-dem atuar experimentalmente, a partir de suas atualidades existenciais, no âmbito do próprio processo grupal.
A cada semestre, o programa provê pelo menos um grupo vivencial intensivo de final de semana com os participantes do grupo.

8. Supervisão da Prática.

Desde o início, e em todo o seu decorrer, o programa provê espaço, em grupo e individu-al, para a supervisão da atividade profissional do participante, ou da atividade de estágio di-dático, segundo os referenciais da psicologia e psicoterapia fenomenológico existencial – Ges-talt Terapia e Abordagem Rogeriana.

9. Coordenador, facilitador, ministrante.

Afonso H Lisboa da Fonseca,
psicólogo, psicoterapeuta, facilitador de
grupos.
CRP 15/0993.
Professor em programas de formação e de atualização, e em programas de desenvolvi-mento de facilitadores de grupo, em Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial. Gestalt Terapia e Abordagem Rogeriana, em vá-rios estados do Brasil.